Em Buenos Aires

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Um estranho candidato

Está causando polêmica nos Estados Unidos a indicação de Alvin Green como candidato democrata ao senado americano pela Carolina do Sul. Até ser escolhido com 59% dos votos, Green era um completo desconhecido.

Ele tem 32 anos, está desempregado desde que foi expulso do exército, responde processo por mostrar pornografia na internet e mora com o pai.

O que ninguém consegue explicar é como Green foi indicado, sem ter feito campanha nem possuir, ao menos, página internet.

Matéria publicada na última semana no Wall Street Journal mostrou, por exemplo, um eleitor que afirmava ter votado no candidato por ele ser o primeiro na chapa e outro pela sonoridade do nome.

Especula-se ainda que o candidato tenha sido plantado nas prévias democratas pelos republicanos. Um dos motivos é o pagamento de uma taxa de 10 mil dólares para concorrer, já que Green recorreu a um defensor público para se defender das acusações de pornografia por não ter condições de pagar um advogado.

Na minha dissertação eu tento (e é mera tentativa), se não explicar, pelo menos apontar alguns aspectos do complexo sistema eleitoral americano.

As indicações dos candidatos ocorrem em prévias e primárias estaduais, que podem ser fechadas – nas quais só votam eleitores registrados nos partidos – e abertas - em que os eleitores podem participar da escolha de qualquer partido. É o caso da Carolina do Sul.

Os republicanos poderiam, portanto, ter plantado Alvin Green como candidato e ainda garantido os votos para indicação. A hipótese parece improvável, mas não é impossível.

Um comentário:

  1. de fato, estranho demais, ainda mais pela vida pregressa desse cara. Eu não entendo realmente como acontecem as eleições nos EUA, mas vou ver se passo a sacar por aqui. Bjos

    ResponderExcluir