Em Buenos Aires

terça-feira, 22 de junho de 2010

Nem só de alegrias se faz uma mãe

O que eu tento mostrar aqui é que a maternidade pode (e deve) ser vivida de uma forma tranqüila. Mas é claro que o caminho também é cheio de percalços. Por isso, hoje, resolvi falar um pouco das dificuldades.

No primeiro mês do Tomás, eu ficava noites inteiras acordada e amamentando. Mesmo assim, ele não parava de chorar. Só depois de alguns dias descobri que o problema era fome.

Passei a dar mamadeira e aí vieram os gases e a prisão de ventre. E haja massagem e luftal! Também faço pausas durante a alimentação para ele arrotar e o deixo pelo menos dez minutos na posição vertical depois de comer, porque o refluxo piorou (mais um ponto para o leite materno).

O frio, que neste ano chegou bem mais cedo, me angustia um pouco. Durante as madrugadas fico dividida entre tirar a roupa para trocar a fralda ou esperar mais um pouco e deixá-lo molhado. Às vezes agasalho demais e em outras de menos, mas sempre pensando em fazer o melhor.

Diante das dúvidas e da pouca experiência, acho que já fiz o Tomás passar fome, sede, frio, calor.. . O consolo é pensar que ele não vai lembrar de nada disso. E além do mais, viver não é mesmo fácil pra ninguém e ele precisa se acostumar.

O Tomás já completou dois meses e pela segunda vez dormiu a noite quase toda. Já dá uma sensação de que ele está crescendo e que o tempo passa mais rápido do que a gente pensa.

Nas horas mais difíceis eu tento lembrar que cada momento é único, cada noite mal dormida não vai se repetir e por isso precisa ser curtida. Ele só teve um mês uma vez e só vai ter dois meses uma vez também. E daqui a uns dezesseis anos, vou ficar acordada esperando ele voltar da farra e com certeza vou ter saudade das noites insones, mas a dois, de hoje.

4 comentários:

  1. "acho que já fiz o Tomás passar fome, sede, frio, calor..."
    O menino já é intenso como a mãe, já viveu tudo de uma vez, heheeh.

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  2. Não te falei que mãe já nasce com sentimento de culpa? É assim mesmo, a gente sempre acha que tá fazendo mais ou menos, que está faltando algo, que tem culpa do menino ter gripado, caído, chorado, se decepcionado... E a lista segue a vida toda! Faz parte. O melhor é que a gente esquece rápido, rápido!!!!
    Bjs,
    Fernanda Moura

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  3. amiga, os desconfortos nunca superarão os afagos e delicias de ser mãe. isso por si só já basta. vem logo q to doidaaaa pra ver nosso mais novo menino
    beijos
    Bianca

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  4. Ai, querida, qdo eu crescer quero ser como vc!!! Ou melhor, qdominha barriga crescer... mesmo as coisas difíceis parecem tão tranquilas qdo vc conta... acho que o segredo é esse, né? Encarar tudo como a primeira e última vez! Bjos gdes,
    Nat Bini

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