Em Buenos Aires

domingo, 24 de janeiro de 2010

Aquele dia 25...

Eu sempre achei que gravidez era coisa que só acontecia com os outros. Até aquele dia 25...
Fui à farmácia comprar o anticoncepcional, mas acabei levando um teste pra saber se estava grávida. É claro que daria negativo. Bom, mas não deu.

Era 25 de agosto, aniversário de seis meses de namoro. Desde que a gente começou a sair, o vigésimo quinto dia do mês havia se transformado numa data importante. Mas aquele dia 25, a gente nunca vai esquecer.

Depois do teste comecei a ligar pro César vir logo pra casa. Ele imaginou que seria recebido com vinho e jantar, como das outras vezes. Nada disso. Ele entrou e eu continuei sentada no sofá. Sem saber como contar, despejei um monte de informações domésticas: acabou o pão, a conta de telefone está em cima da mesa, fiz um teste de gravidez e deu positivo, tenho que entrar mais cedo na TV amanhã, etc. Demorou alguns segundos até ele perguntar: como assim, teste de gravidez?

De cara, ele aceitou melhor do que eu... talvez porque já teve duas filhas e também por não ter que carregar uma barriga por nove meses. Depois de choro e desespero, fiz o teste de laboratório no dia seguinte. Deu gravidíssima. O resultado positivo é acima de 50, o meu deu 639. Repeti dois dias depois e deu 7.600. Ou eu estava mesmo grávida ou com câncer no útero, segundo o Dr. Google. Ainda assim achava mais fácil a segunda opção. Só acreditei quando fiz uma ultrassom. O meu filho parecia uma ervilha, mas me conquistou naquele momento.

O que veio depois, eu vou contando nas próximas postagens.

Homenagem à mãe e ao Torquato

O nome do blog tem tudo a ver com este meu momento grávida, já consciente de que filho nasce pro mundo. É também uma homenagem ao poeta piauiense, que pouca gente conhece, porém todo mundo já cantou algum dia. Ele falou da mãe, mas foi o nome do filho que escreveu no bilhete de despedida, quando nos deixou cedo demais.

A música é ainda um pedaço da minha vida - coisa de gente que sempre quis ir embora, mesmo sem saber pra onde. E uma homenagem a minha própria mãe. Tão forte nas constantes despedidas.

Mamãe coragem na voz da Gal