Em Buenos Aires

terça-feira, 31 de maio de 2011

Mãe que trabalha é mais feliz

Lembrei de uma conversa que tive, logo que voltei a trabalhar com uma amiga (que também trabalha muito, tem mais filhos que eu e um blog super legal http://www.tresoumais.blogspot.com/). E a conclusão que chegamos é que mães que trabalham são muito mais felizes. Pelo menos, na nossa opinião.

Já vi mãe sofrer, chorar, pensar em desistir de tudo na hora de voltar da licença maternidade. Eu voltei feliz da vida. Sabia que meu filho estava bem, seguro e deu um gostinho bom, depois de tanto tempo, sentir que continuei tendo uma vida só minha, com espaço pra trabalhar, bater papo com os amigos e, por que não, até tomar uma cervejinha depois do trabalho (mesmo que isso só aconteça muito de vez em quando).

É claro que mãe que trabalha se desdobra. No meu caso é assim. Acordo 5h30 (preciso dissolver um remédio, mas explico isto em um novo post sobre refluxo que estou devendo), levando as 6h. Dou mamaderia, troco fralda, roupa, deixo na creche antes das 8h e começo a trabalhar (maquiada e escovada). Ufa!!

Depois do trabalho, pego na creche e fico com ele até a hora de colocar pra dormir ou de ter que voltar pra trabalhar a noite, o que acontece com uma certa frequencia. O mais difícil é quando a hora de dormir não chega nunca, porque a febre apareceu antes.

Dá trabalho, mas quem disse que mães não tem super poderes? Quem não se desdobra ou nunca viu a própria mãe ou a dos outros se desdobrar atire a primeira pedra. (Fiz até uma matéria de dia das mães sobre essas jornadas duplas, triplas, quádruplas).

O bom é saber dividir. Ter tempo pra continuar sendo profissional, mulher, filha, amiga e tantos outros papéis que desempenhamos. E ter tempo pra criança, mas, neste caso, qualidade vale mais que quantidade.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Bicho é cucu


Decidi que o dia das mães não seria meu, mas do Tomás. Afinal, ele é o "culpado" por eu ser mãe. E confesso outro motivo: é cada vez mais difícil fazer programas de adulto (como restaurante, exposição, etc) com ele.

Então, a escolha do domingo foi uma visista ao zoológico, depois de um almoço rapidíssimo no shopping pra ele não cansar.

O Tomás ficou encantado com os bichos. Vimos rinoceronte, elefante, girafa, macaco, etc Mas acho que o que mais chamou a atenção foram as araras. Na hora que as viu cantando (arara canta?) e voando, falou: "é cucu, mamã". E eu contei ao César que o Tomás estava chamando pássaro de cucu.

Depois notei que ele começou a chamar outros bichos de cucu também. Já em casa, quando fui colocá-lo pra dormir, ele pegou o tigrinho de pelúcio no berço (é o amiguinho do sono, que dorme com ele), segurou e continuou falando cucu. Hoje pela manhã, ficou me mostrando bichinhos em um livro e repetindo cucu. Entendi que cucu é bicho.

Não sei se  ouviu o som de algum bicho ou se foi alguma coisa que falei e ele entendeu cucu. Talvez. Mas é interessante e até engraçado a construção da linguagem. É uma lógica que já perdemos, de dar nome as coisas e tentar comunicar com poucas palavras. Por exemplo, pra ele, nenê é criança, mas também é um monte de coisa que ele gosta, como chupeta e brinquedo. Agora, mamã é mamãe e fim de papo.

O dia foi todo dedicado ao Tomás e valeu a pena. Ontem nem li jornal e juro que também não reclamei disto. Mas terminei o dia chorando. Quando fui dar a última mamadeira da noite, caiu a ficha que em muito pouco tempo, ele não vai mais precisar de mim pra comer, tomar banho, trocar fralda. Não vai querer nem saber de dormir na minha cama. Um dia, provavelmente, eu vou ficar torcendo pra que ele me faça pelo menos uma visita no final de semana. E chorei. Coisa de mãe. Logo eu que sempre achei engraçado as mães da minha família serem tão choronas, fiquei assim. Mãe é mesmo tudo igual!