Em Buenos Aires

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Brincando de gente grande



Outro dia, ia caminhando pela rua com o Tomás e, de repente, ele aponta e diz: mamãe, banco, dinheiro. Perplexa, pergunto: e o que a gente faz com o dinheiro? Ele responde: compra. Pronto, criei um mini-capitalista.

Mas, antes que entrasse em pânico e decidisse criar o Tomás numa comunidade alternativa, lembrei como esta história começou. No Museu de los Niños.

Capitalismo ou anti-capitalismo a parte, o passeio (que é pago, obviamente) é super divertido. Uma cidade em miniatura, onde as crianças brincam e aprendem brincando.

Na verdade, meu filho estava apenas recordando que brincou de trabalhar num banco. Depois sacou dinheiro de brinquedo e levou para fazer compras no supermercado. Ufa!! Ele ainda não está contaminado pelo consumismo e, juro, quase nunca me pede pra comprar nada, nem mesmo em loja de brinquedos (até porque se pedir, geralmente, escuta um não).

No Museu de los Niños, o Tomás também dirigiu caminhão, pilotou um navio, trabalhou nos correios, brincou de médico, de frentista de posto de gasolina e de jogador de futebol.

A única parte que ele não viu a menor graça foi brincar de ser jornalista. E olha que ele já sabe que o papai e a mamãe são jornalistas. Mas sempre diz o trabalho dele é ir pra escola e o nosso ficar em casa. Por isso, quando crescer ele não quer ser jornalista, quer andar na corda igual ao moço do parque. Mal sabe ele, que na vida adulta a gente se equilibra todos os dias.









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