Em Buenos Aires

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Um lindo lugar para se viver

De uma coisa eu não posso reclamar, do lugar que moramos. Buenos Aires é uma cidade linda e vivemos num pedacinho chamado Palermo Chico, ainda mais bonito (diferente do que pensava, Palermo não é só um bairro, mas uma região com vários bairros como Palermo Chico, Palermo Soho, Palermo Hollywood, etc).

Sempre que digo onde moro para algum argentino, escuto que este é um lugar muito diferente do resto da cidade, da Buenos Aires de verdade.

De um lado do nosso apartamento está o parque de Palermo e o Jardim Japonês, que tem um dos melhores restaurantes de comida japonesa da cidade, com preço bem honesto (principalmente para nós que temos uma moeda mais valorizada. Ao contrário do que dizia um primo quando morava na Europa, aqui quem converte, se diverte).

E do outro lado está o Malba (Museu de Arte Latina de Buenos Aires). Pra quem não conhece, fica a dica.

Conhecer o Malba é como fazer uma viagem pela arte latina do século XX, passando pelo modernismo dos anos 20, arte política dos 30, surrealismo, arte concreta e contemporânea.

Lá estão quadros de brasileiros, como Tarsila do Amaral, Portinari e Hélio Oiticica, de uruguaios, como  Rafael Barradas e Torres-García, da mexicana Frida Khalo, e claro de diversos argentinos, como Xul Solar e Antonio Berni.

Os que postos aqui são da Tarsila e da Frida Khalo, afinal, as mulheres de coragem andam me inspirando muito nos últimos tempos (deve ser influência da minha amiga Edma, que também tem um blog http://www.fclandestina.blogspot.com/).

Abaporu - 1928

                                            Autorretrato con chango y loro - 1942

E vocês devem peguntar se é possível visitar museu com criança. A resposta é mais ou menos. Quando o Tomás era menor, era mais fácil. Agora, o tempo da visita quem decide é ele. Quando cansa e começa a reclamar, é hora de ir embora. Por isso, ainda quero voltar ao Malba outras vezes. Convidados?

2 comentários:

  1. Marina, obrigada pela lembrança! Bom saber que também tenho inspirado :) Engraçado é que no começo de junho, quando estive no Tyssen, em Madrid, vi exatamente esse quadro da Frida, provavelmente cedido pelo Malba. Ele compunha a exposição Heroínas, que esteve dividido em duas partes, uma no Tyssen e outra na Fundación Caja Madri. Joia! Quando for te visitar, com certeza passo pelo Malba. Acho que estou no processo de segunda migração, jornalismo, literatura... Bjos

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  2. Ah, e tem mais uma coisa. O bom é o Tomás ir se ambientando. Ai quando ele estiver maior, poderá curtir o passeio. Fui com os filhos de uma amiga, o mais velho de 12 e o mais novo de 4 à exposição do Robert Morris (postei o video dele no blog) com obras de madeira com as quais as pessoas têm que interagir. É um conceito novo nos anos 60 de arte concluída pelo público. Acho que uma obra do fim dos anos 60. As crianças adoraram! Brincaram a valer, porque as peças tinham esse objetivo. Tenho certeza que na próxima ida a um museu, eles irão mais curiosos.

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