Em Buenos Aires

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Cortando o cordão

Esses dias fiz um freela (prometo divulgar os vídeos quando ficarem prontos) e foi um teste de como vai ser a vida quando voltar a trabalhar.

Confesso que adorei colocar os neurônios pra funcionar. Por mais que ame o meu filho, esta vida de ficar a maior parte do tempo em casa cuidando de criança cansa, cansa.

Mas fui com o coração na mão. Ele ficou em casa com a Beatriz, que trabalha comigo, e chamei uma diarista pra dar um suporte. Ainda não decidi se este vai ser o modelo quando voltar a trabalhar ou se ele vai pra creche.

O bom é que correu tudo bem. Eu resisti e ele também. Na verdade, já tinha até ficado um pouco mais de tempo longe dele, dormimos uma noite separados, mas ele ficou com a minha mãe.

Dói, é difícil, mas é preciso cortar o cordão. Muita gente dizia que eu ia sentir saudade da barriga, não senti nenhuma. Prefiro meu filho do lado de fora, lindo e sorridente.

Nunca vou esquecer a primeira vez que saí sem ele. Acho que tinha menos de uma semana. Resolvi ir ao salão, fazer unha e cabelo, porque até mulher parida tem direito de se arrumar.

Fiquei aliviada de pela primeira vez, depois de tanto tempo, andar sem a barriga, andar sozinha. Deu uma sensação de que aos poucos a vida voltaria ao normal. Melhor assim, cada um com a sua vida, infinitamente ligadas, mas independentes.

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