Em Buenos Aires

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Os ingleses e a democracia

O que chama a atenção sobre as eleições inglesas, além da guinada conservadora, é o complexo sistema eleitoral. Assim como já vimos nos Estados Unidos (embora um seja presidencialista e o outro parlamentarista), na Inglaterra também é possível o candidato ganhar e não levar.

O conservador David Cameron, conseguiu o maior número de cadeiras no Parlamento, mas não chegou a ganhar. Levou graças a coalizão com o candidato do partido Liberal Democrata, Nick Clegg, terceiro colocado na disputa.

Se Clegg tivesse se unido aos Trabalhistas, estes continuariam no controle. A decisão de quem assumiria o poder saiu menos das urnas que do acordo político protagonizado por quem obteve menor votação.

Na definição mais simplista do termo, democracia é o poder do povo. Poder para governar de forma direta ou por meio de seus representantes.

Hoje, tem-se falado muito em crise do sistema representativo. Embora representação política não seja restrita ao ato de votar, o argumento é aceitável quando notamos que até nas democracias mais consolidadas do mundo, a escolha dos cidadãos não é assim tão onipotente.

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