Quem adora fotografia como eu não podia estar em lugar melhor nos próximos dias que em Buenos Aires. Não apenas porque a cidade é inspiradora e dá mesmo vontade de sair clicando por toda parte, mas também porque amanhã (26) começa o oitavo Buenos Aires Photo, maior festival de fotografia da América Latina, no Centro Cultural Recoleta.
A mostra vai expor fotos de mais de 30 galerias da Argentina, Peru, Uruguai, Espanha, Bolívia e Estados Unidos. Os organizadores prometem os mais variados estilos e tendência da fotografia contemporânea.
O destaque deste ano é o fotógrafo catalão Joan Fontcuberta que vai ter uma sala exclusiva para a exibição de seus trabalhos mais famosos e ainda fazer uma palestra para o público.
Fotografias inspiradas em temas atuais como sustentabilidade e cultura pop vão dividir espaço com obras do passado de nomes como Annemarie Heinrich, Grete Stern e Horacio Coppola. Pena que dura pouco, só até segunda-feira (29).
A obra de Coppola pode ser conferida também até 10 de novembro na galeria Jorge Mara, pertinho da livraria Ateneo. São 84 fotos de um dos mais famosos fotógrafos argentinos, que morreu em junho com 105 anos.
E já que falei lá em cima que Buenos Aires é mesmo inspiradora, vale dizer que a mostra é centrada especialmente em registros de espaços urbanos também do Rio de Janeiro e de cidades européias (todas inspiradoras, diga-se). O uso das sombras e da profundidade das fotos chama a atenção na obra.
Não à toa, afinal Coppola teve uma longa vida, ele é considerado o fotógrafo que registrou quase um século de história da capital portenha. Muitas das imagens diferem do cenário atual apenas pelos carros, roupas, publicidade. Ou seja, a memória aqui parece mais preservada.
Virando a esquina, logo na saída da exposição, nos deparamos um prédio demolido para construir outro no lugar, mas com a fachada intacta. Talvez não seja mera coincidência.
Em Buenos Aires
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Lula encontra Cristina e lideranças políticas em Buenos Aires
Por Marina Mota | Valor
BUENOS AIRES - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
encontrou-se nesta quarta-feira por pouco mais de duas horas com a presidente
da Argentina, Cristina Kirchner, na Casa Rosada, em Buenos Aires. Antes do
almoço, que também teve a presença do embaixador do Brasil no país, Ênio
Cordeiro, e do presidente do Instituto Lula, Luiz Dulci, o ex-presidente e a
mandatária argentina conversaram reservadamente.
Da Casa Rosada, Lula seguiu direto para Mar del Plata, no
litoral argentino. Logo mais à noite, ele fará uma palestra paga no Colóquio
Idea, principal foro de empresários da Argentina.
Nesta manhã, o ex-presidente brasileiro se reuniu no Hotel
Palácio Duhau, no Bairro da Recoleta, com lideranças políticas e sindicais
argentinas aliadas ao governo de Cristina.
Segundo a assessoria de imprensa, Lula comentou o êxito do
PT e da base aliada no primeiro turno das eleições municipais. Ainda de acordo
com a assessoria, ele também discutiu uma proposta de integração
latino-americana do ponto de vista da sociedade civil e a necessidade de uma
doutrina para avançar em relações além das comerciais.
A visita à Argentina ocorre em data emblemática para o
Peronismo, corrente da qual Cristina Kirchner faz parte. Os militantes recordam
nesta quarta-feira o 17 de outubro de 1945, marcado por diversas manifestações
comandadas pela então primeira-dama Eva Perón para libertar Juan Domingo Perón
da prisão.
Esta é a segunda viagem ao exterior do ex-presidente Lula,
depois do diagnóstico de câncer na laringe em outubro de 2011. A primeira foi
ao México para uma palestra no evento “México Século XXI”, no dia 21 de
setembro. Na ocasião, não houve encontro com o presidente daquele país, Felipe
Calderón.
Na volta ao Brasil, Lula retoma a agenda eleitoral com uma
série de atividades de apoio aos candidatos petitas, que disputam o segundo
turno. Na sexta-feira (19), participará de comícios em Santo André e Mauá, no
ABC paulista, no sábado (20), em Campinas e São Paulo, na terça (23), em
Fortaleza e João Pessoa e na quarta (24), em Salvador.
(Marina Mota / Valor)
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Teatrinho para bebê ou danza a upa
Upa é o mesmo que dar braço ou colo. O Tomás, que mistura muito os dois idiomas, às vezes pede do nosso jeito e em outras à moda argentina. Eu acho lindo quando ele diz: mamãe, quero upa (assim mesmo, em português e espanhol ao mesmo tempo).
E Danza a Upa é um espetáculo de teatro concebido para bebês de oito meses a três anos. É curto, só dura meia-hora e tem muita cor e movimento. Eu achei que o Tomás ia ficar meio inquieto e ficou mesmo, mas só até a peça começar. Aí, assistiu quietinho e boquiaberto.
O local da apresentação chama Teatro del Angel (achei lindo o nome). No site deles, diz que é o primeiro teatro para bebês da Argentina (não sei se tem um lugar assim no Brasil, mas deveria). As arquibancadas são baixas para que os pequenos possam subir e descer e tem colchonetes espalhados pelo chão. Ou seja, seguro até para os mais levados como o meu filho.
Fomos conhecer este teatrinho no dias das crianças argentino, em agosto. Amanhã, é dia das crianças no Brasil e eu espero comemorar com o Tomás da mesma forma, com um passeio legal, carinho e atenção. Quem sabe um pique-nique, um cinema ou outro teatrinho? Ainda não escolhi o passeio, mas programação cultural e infantil por aqui é o que não falta.
O que certamente não vai ter no dia das crianças dele (na data brasileira ou na argentina) é presente caro. Não sou a favor de estimular o consumismo e na minha vida atual, nem tem espaço pra isso. Daqui um ano ou dois, vamos embora e quanto menos coisa pra levar, melhor.
Sempre estraguei os afilhados e filhos de amigos, então, deixo esta missão para os avós e tios do Tomás. De mim, ele recebe educação, atenção, muito amor e carinho. Ah, e upa também.
A gente brinca, cozinha e cuida das plantas juntos, faz acampamento na sala de casa, dança, canta, vai ao cinema, ao teatro, ao parquinho. Já transformamos uma caixa de ar-condicionado em teatro de fantoche, fizemos bonecos com rolos de papel higiênico, boliche com garrafa de água e pintamos (ou melhor, sujamos) a casa de tinta várias vezes. E quer saber? Acho que é mais divertido assim.
E Danza a Upa é um espetáculo de teatro concebido para bebês de oito meses a três anos. É curto, só dura meia-hora e tem muita cor e movimento. Eu achei que o Tomás ia ficar meio inquieto e ficou mesmo, mas só até a peça começar. Aí, assistiu quietinho e boquiaberto.
O local da apresentação chama Teatro del Angel (achei lindo o nome). No site deles, diz que é o primeiro teatro para bebês da Argentina (não sei se tem um lugar assim no Brasil, mas deveria). As arquibancadas são baixas para que os pequenos possam subir e descer e tem colchonetes espalhados pelo chão. Ou seja, seguro até para os mais levados como o meu filho.
Fomos conhecer este teatrinho no dias das crianças argentino, em agosto. Amanhã, é dia das crianças no Brasil e eu espero comemorar com o Tomás da mesma forma, com um passeio legal, carinho e atenção. Quem sabe um pique-nique, um cinema ou outro teatrinho? Ainda não escolhi o passeio, mas programação cultural e infantil por aqui é o que não falta.
O que certamente não vai ter no dia das crianças dele (na data brasileira ou na argentina) é presente caro. Não sou a favor de estimular o consumismo e na minha vida atual, nem tem espaço pra isso. Daqui um ano ou dois, vamos embora e quanto menos coisa pra levar, melhor.
Sempre estraguei os afilhados e filhos de amigos, então, deixo esta missão para os avós e tios do Tomás. De mim, ele recebe educação, atenção, muito amor e carinho. Ah, e upa também.
A gente brinca, cozinha e cuida das plantas juntos, faz acampamento na sala de casa, dança, canta, vai ao cinema, ao teatro, ao parquinho. Já transformamos uma caixa de ar-condicionado em teatro de fantoche, fizemos bonecos com rolos de papel higiênico, boliche com garrafa de água e pintamos (ou melhor, sujamos) a casa de tinta várias vezes. E quer saber? Acho que é mais divertido assim.
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Sorria, você está em Buenos Aires
Tomás com a Mafalda
Até quem não é fã de quadrinhos, pelo menos, já ouviu falar
no argentino Quino – mais famoso cartunista do país – e na sua Mafalda – a
menina contestadora e preocupada com a paz mundial, que nasceu nos anos 1960 e
ganhou notoriedade em todo o mundo.
Os turistas que visitam Buenos Aires fazem fila para tirar
fotos com a estátua da pequena notável na esquina das ruas Defensa e Chile, no
bairro de San Telmo.
Mas agora Mafalda não está mais sozinha. Ganhou a companhia
da escultura de outro personagem, o playboy argentino Isidoro Cañones, criado
por Dante Quinterno.
Nos próximos meses, outros personagens, como Larguirucho, de
M. García Ferré, e Clemente, de Caloi, também vão ganhar “corpo” nas ruas da
capital portenha formando o Paseo de la Historieta. A última estátua do Paseo
vai ser do personagem atual e campeão de vendas de livros, Gaturro, do
cartunista Nik.
O novo circuito turístico vai ter seis quarteirões, saindo
da estátua da Mafalda e seguindo em direção a Puerto Madeo, onde foi lançado
recentemente o Museu do Humor gráfico argentino. A ideia é atrair os curiosos
até o Museu, que foi inaugurado no prédio (lindo!) de uma antiga cervejaria, La
Munich.
Achei o lugar mal cuidado, principalmente, por ter sido
inaugurado há tão pouco tempo. Mas vale a visita, até porque fica no Puerto
Madero entre o canal onde estão os restaurantes (parada certa dos visitantes) e
o Parque da Costanera Sur (pouco conhecido dos turistas, mas adorado pelos
portenhos).
No Museu, dá para conhecer um pouco da história do humor
gráfico argentinos desde o século XIX até os dias de hoje. Pra mim, ficou
faltando a Maitena e suas “mulheres alteradas”, talvez por uma questão de mera
identificação.
Pra quem vier por aqui, fica a dica: conhecer um pouco da
tradição humorística argentina e sorrir. Aliás (sou suspeita pra falar, porque
adoro a cidade), estar em Buenos Aires já é um bom motivo para sorrir.
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