O Sindicato dos Caminhoneiros também ameaça cortar a distribuição de alimentos, a coleta de lixo, os correios e colocar 100 mil pessoas e 10 mil caminhões na Praça de Maio. Na noite de ontem, os trabalhadores fecharam a saída da refinaria da YPF pra impedir a saída de caminhões. No embate, o governo mandou a polícia e conseguiu que oito caminhões saíssem com combustível, mas os sindicalistas deram o troco fechando os portões com o lixo coletado na cidade.
A reivindicação é por aumento salarial, claro, por correção da tabela do imposto de renda e por inclusão nos programas sociais do governo. Mas é também uma quebra de braço entre o presidente da central dos trabalhadores, Hugo Moyano, e a presidente Cristina Kirchner.
O sindicalista, que já foi aliado incondicional do kirchnerismo, andou perdendo espaço na relação com o governo e corre o risco de perder a eleição para a presidência da central. Para demonstrar força, colocou o time dele (que são os caminhoneiros) em campo. A presidente antecipou a volta da Rio +20.
Os jornais estão comparando o embate com um divórcio e, ao que parece, em que os dois lados sairão perdendo. Como o inverno começou nesta madrugada, junto com o paro dos caminhoneiros, o César lembrou nesta manhã da famosa citação de Shakespeare na peça Ricardo III: "o inverno do descontentamento."
Foto do site iprofesional.com
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