Sempre que digo onde moro para algum argentino, escuto que este é um lugar muito diferente do resto da cidade, da Buenos Aires de verdade.
De um lado do nosso apartamento está o parque de Palermo e o Jardim Japonês, que tem um dos melhores restaurantes de comida japonesa da cidade, com preço bem honesto (principalmente para nós que temos uma moeda mais valorizada. Ao contrário do que dizia um primo quando morava na Europa, aqui quem converte, se diverte).
E do outro lado está o Malba (Museu de Arte Latina de Buenos Aires). Pra quem não conhece, fica a dica.
Conhecer o Malba é como fazer uma viagem pela arte latina do século XX, passando pelo modernismo dos anos 20, arte política dos 30, surrealismo, arte concreta e contemporânea.
Lá estão quadros de brasileiros, como Tarsila do Amaral, Portinari e Hélio Oiticica, de uruguaios, como Rafael Barradas e Torres-García, da mexicana Frida Khalo, e claro de diversos argentinos, como Xul Solar e Antonio Berni.
Os que postos aqui são da Tarsila e da Frida Khalo, afinal, as mulheres de coragem andam me inspirando muito nos últimos tempos (deve ser influência da minha amiga Edma, que também tem um blog http://www.fclandestina.blogspot.com/).
Abaporu - 1928
Autorretrato con chango y loro - 1942
E vocês devem peguntar se é possível visitar museu com criança. A resposta é mais ou menos. Quando o Tomás era menor, era mais fácil. Agora, o tempo da visita quem decide é ele. Quando cansa e começa a reclamar, é hora de ir embora. Por isso, ainda quero voltar ao Malba outras vezes. Convidados?