As matérias na mídia americana demonstram um certo otimismo em relação à recuperação de Nova Orleans, cinco depois do Katrina.
Falam de reencontros, reconstrução e engajamento. Mas também mostram vidas que jamais vão se recompor. Familiares que desapareceram. Gente que não consegue reconstruir o que perdeu.
Estive em Nova Orleans em 2002, realizando um desejo antigo. A palavra que melhor definia a cidade naquele época era vibrante.
Havia um jazz em cada esquina. Pessoas cantando, dançando e uma comida cajun maravilhosa, parecida com a baiana, por sinal.
Na verdade, é possível dizer que Nova Orleans tinha alguma coisa de Brasil. Porque era justamente a mistura de raças e de culturas que tornava a cidade vibrante.
Hoje, estima-se que pelo menos um quarto da população não voltou pra casa. E os que não voltaram foram principalmente os mais pobres, negros e mestiços.
É claro que é uma grande conquista a reconstrução de casas, escolas, hospitais... Ainda mais levando em conta o descaso inicial.
Mas também existem coisas imateriais a serem reconstruídas. A alegria e a confiança de um povo. A vibração de uma cidade.
Um dia, eu gostaria de voltar em Nova Orleans e encontrar tudo isso de novo.
Fiquei sem saber se rolou o freela. Estou de volta viu? Conte ai! Bjos
ResponderExcluirSim, depois escrevo um post
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